Após se consolidar como rota dos grandes concertos internacionais, o Brasil se prepara para promover mais um intercâmbio musical com o surgimento, em julho, de um novo palco para a cena alternativa. Com curadoria e produção de Maria Luísa Jucá, da Conexão Marketing, e direção artística de Pedro Seiler, a primeira edição do Festival Indie Rock reunirá bandas internacionais em ascensão e grupos brasileiros independentes em shows no Rio (dias 25 e 26/07, no Circo Voador) e em São Paulo (26 e 27/07, na Via Funchal). A escalação traz dois dos grupos ingleses de maior sucesso no circuito indie mundial, The Magic Numbers e The Rakes, além dos nacionais Mombojó, Moptop, Móveis Coloniais de Acaju e Hurtmold.
AS BANDAS INTERNACIONAIS
The Magic Numbers - Com o nome ligado a uma expressão da Física, referente à faixa mais alta de energia, a banda londrina The Magic Numbers surgiu no cenário do rock alternativo em 2002, disposta a fazer jus à sua escolha artística. Angariou admiradores do porte de Travis e The Chemical Brothers e, em 2005, debutou com o disco homônimo The Magic Numbers, cuja faixa Love’s a Game ganhou fama internacional por ser trilha de um comercial da Peugeot. Em 2006, o grupo formado por dois casais de irmãos lançou o álbum Those the Brokes, com as mesmas características de som pop psicodélico renovado. The Magic Numbers: Romeo Stodart (guitarra e vocais); Michele Stodart (baixo e vocais); Sean Gannon (bateria); e Angela Gannon (percussão e vocais).
The Rakes - Formada em 2004, a banda londrina The Rakes assim se autodenominou porque todos os seus quatro integrantes são “muito magros e farristas (rakes)”. Só que há três anos eles decidiram cair na estrada seriamente, excursionando pela Inglaterra e pela Europa como atração de abertura para grupos como o escocês Franz Ferdinand – que recentemente saltou para o mainstream do gênero indie – e os proto-punks de Manchester, Buzzcocks. Em seus dois álbuns lançados pelo selo V2, Capture/Release (2005) e Ten New Messages (2007), notam-se influências musicais de gente “muito magra e pálida” como eles. Basta lembrar de David Bowie, dos músicos do Blur e do The Cure ou de nomes não tão famosos, pertencentes à faixa dos conjuntos The Go Team!, Dizzy Rascal ou Statik. Ou seja, a banda tem sido identificada com o som que hoje chamam de post-punk/art-rock inglês. The Rakes: Alan Donohoe (vocal); Matthew Swinnerton (guitarra); Jamie Hornsmith (baixo); e Lasse Petersen (bateria). AS
As BANDAS NACIONAIS
Mombojó - Vindos do Recife, os sete integrantes do Mombojó se reuniram em abril de 2001 com a disposição de gaseificar a música brasileira apresentando uma mescla pop/acústica/elétrica/eletrônica, na qual se encontram ecos do rock, da bossa nova, do samba ou do chamado som lounge, de levada mais calma.Seu primeiro CD, Nadadenovo (2004), chamou a atenção da crítica especializada por fazer aquela mistura com sabor de novidade. O segundo trabalho, Homem-espuma (2006), ratifica seu projeto musical de modernizar o passado. Mombojó: Chiquinho (teclado e sampler); Felipe S (vocal); Marcelo Campello (violão, cavaquinho e escaleta); Marcelo Machado (guitarra); Rafa (flauta); Samuel (baixo); e Vicente Machado (bateria).
Moptop - Cariocas com um pé na cultura beat e ouvidos no rock produzido durante cinco décadas, os quatro integrantes do Moptop se reuniram no final de 2003 para fazer um som alternativo com dosagens diversas, que vão de Buddy Holly a Iggy Pop, dos Beatles à festa produzida pelas bandas brasileiras nos anos 1980, chegando em The Strokes. Com um CD na praça, Moptop (2006), o grupo é considerado uma das maiores revelações recentes da cena indie brasileira. Moptop: Gabriel Marques (vocal e guitarra); Rodrigo Curi (guitarra); Daniel Campos (baixo); Mario Mamede (bateria).
Móveis Coloniais de Acaju - Big band ou um imenso grupo de rock? Nenhum dos dois. Nas palavras dos dez músicos do grupo de Brasília, o som que eles produzem pode ser definido como uma “feijoada búlgara”, pois no mesmo pote misturam música brasileira, rock, ska e ritmos do leste europeu. A banda existe desde 1998, com presença em shows e festivais. Seu primeiro disco chama-se Idem (2005). Móveis Coloniais de Acaju: André Gonzáles (vocal); BC (guitarra); Beto Mejía (flauta transversal); Eduardo Borém (gaita cromática, escaleta e teclados); Esdras Nogueira (sax barítono); Fabio Pedroza (baixo); Leonardo Bursztyn (guitarra); Paulo Rogério (sax tenor); Renato Rojas (bateria); e Xande Bursztyn (trombone).
Hurtmold - O grupo nasceu em 1998 na cidade de São Paulo. Ao longo dos anos vem criando um post-rock instrumental com características eletrônicas e muita improvisação nas referências sonoras e na utilização de instrumentos variados. Uma das peculiaridades do Hurtmold é que, nas apresentações ao vivo, seus músicos trocam de função, ou seja, cada um assume o instrumento do outro. Já lançaram os álbuns Et Cetera (2000), Cozido (2002), The Eternals/Hurtmold (split CD de 2003 com o grupo norte-americano The Eternals), e Mestro (2004). Entre suas influências encontram-se as bandas de Chicago Tortoise e Isotope 217. Hurtmold: Guilherme Granado (teclado, vibrafone e escaleta); Maurício Takara (bateria, vibrafone, trompete); Marcos Gerez (baixo); Mário Cappi (guitarra); Fernando Cappi (guitarra) e Rogério Martins (percussão e clarinete).
Fonte - http://www.viafunchal.com.br/
